Paciente é um homem em que caso evoluiu para cura
Além da dengue, chikungunya e zika, que são transmitidas por mosquito, que no caso é o Aedes aegypti, o Brasil já registra a circulação do vírus mayaro (conhecido pela sigla MAYV) entre humanos. A doença também é classificada como uma arbovirose e em Tangará da Serra a Secretaria Municipal de Saúde confirmou o primeiro caso.
“A gente tem um paciente positivado para a mayaro, mas são todas doenças virais, parecidas com dengue”,
informa a coordenadora da Vigilância Epidemiológica, Juliana Herrero, ao ressaltar que o paciente é do sexo masculino e que o caso evoluiu para a cura.
O vírus da mayaro é transmitido por mosquitos silvestres, o Haemagogus janthinomys, mais especificamente, e provoca a “febre do mayaro”, doença com sintomas de febre, dores no corpo, fadiga, além de dor e inchaço nas articulações, assim como a dengue e chikungunya. O Haemagogus janthinomys é o mesmo mosquito que transmite a febre amarela, e, segundo o Ministério da Saúde, ainda não há vacina para a doença.
A descoberta sobre a circulação entre pessoas ocorreu em Roraima, na zona urbana, aonde os números são significativos e acende um alerta para a possibilidade de disseminação. A transmissão ocorre a partir da picada de mosquitos fêmeas infectadas ao se alimentarem do sangue de primatas (macacos) ou humanos. O vírus Mayaro foi isolado pela primeira vez em Trinidad, em 1954, e o primeiro surto no Brasil foi descrito em 1955, às margens do rio Guamá, próximo de Belém/PA. Desde então, casos esporádicos e surtos localizados têm sido registrados nas Américas, incluindo a região Amazônica do Brasil, principalmente nos estados das regiões Norte e Centro-Oeste.