Eu achava que amor incondicional era só uma expressão, mas aprendi que o verdadeiro amor, esse que não exige nada em troca, é o que os filhos nos ensinam a sentir
Ontem, numa conversa despretensiosa com minha filha, ela me surpreendeu: “Papai, compra um jornal para eu ler seu artigo essa semana.” Pode parecer uma frase simples, mas, naquele instante, essas palavras atingiram minha alma. Minha filha, ainda aprendendo a juntar as letrinhas, queria ler algo que eu escrevi. Senti um orgulho que mal cabia em mim. Sorri e, com os olhos marejados, perguntei do que ela gostaria que eu falasse. Sem hesitar, ela disse: “Quero que escreva sobre minha escola.”
Curioso, perguntei: “Mas por quê, filha? O que tem de especial lá?” Ela abriu um sorriso e começou a me contar, com o entusiasmo que só as crianças têm, sobre como a escola é um lugar mágico para ela. Me disse que lá ela se diverte, se sente segura e é muito amada. Falou dos colegas, das risadas nos intervalos e, claro, dos professores e funcionários. “A tia Jaque é super legal e simpática”, ela comentou com aquele brilho nos olhos. A tia Gisele é muito carinhosa com todos nós, papai!” Um a um, foi mencionando cada nome com gratidão e afeto, até que, de repente, soltou: “Pai, e no final do artigo, você pode escrever assim: MATRÍCULAS ABERTAS.”
Não me contive e comecei a rir. Ela me olhou, confusa, e perguntou: “O que foi?” Eu só consegui responder: “Nada, filha. É que você está se saindo uma ótima garota-propaganda.” Ela sorriu, satisfeita, e com a doçura mais pura desse mundo, acrescentou: “Eu gosto tanto da escola que queria que todos os meus amigos estudassem lá também.”
Alguém, certa vez, me perguntou como é ter uma filha. Confesso que, antes de ser pai, não sabia. Eu achava que amor incondicional era só uma expressão, mas aprendi que o verdadeiro amor, esse que não exige nada em troca, é o que os filhos nos ensinam a sentir. Não há condições para amá-los. Amamos simplesmente porque eles existem. E é nesse amor desmedido que encontramos um reflexo do amor de Deus por nós. É como se nossos filhos nos revelassem um cantinho escondido em nossos corações onde reside esse amor puro, sem barreiras.
Este artigo, minha querida filha, é especialmente para você. Vai estar impresso no jornal, do jeitinho que pediu. E, como não poderia faltar, faço questão de encerrar como você sugeriu: As matrículas estão abertas no Colégio Avance. Porque se a Alice recomenda, quem sou eu para discordar?