Em entrevista exclusiva ao DS e Serra FM trabalhadores elencaram diversos pontos
De 20 a 25 trabalhadores empregados na construção do Hospital Regional que está em andamento em Tangará da Serra cruzaram os braços nesta terça-feira, dia 12 de novembro.
Em entrevista exclusiva ao Diário da Serra e Serra FM os trabalhadores elencaram diversos pontos que são nevrálgicos e motivo de reclamações perante a empresa Augusto Velloso, que é a responsável pela obra.
Os trabalhadores em sua maioria são da região nordeste e reclamam que as situações de trabalho estão a cada dia mais difíceis, assim como o diálogo com os responsáveis pela empresa.
“Estamos com uma certa dificuldade com o engenheiro, que desmoraliza o trabalhador, e todas as reivindicações que fazemos somos incentivados a pedir conta”,
relata Genielson Carlos Teixeira Pereira, um dos reclamantes.
Outros pontos elencados são a comida, os banheiros (vasos e local de banho entupidos), e insetos como lacraias, ratos e lesmas nos locais. Reclamaram também de ameaças e de não terem direitos reconhecidos, como o de viajar para ver a família a cada 100 dias trabalhados e que são forçados a trabalhar de forma apressada.
O DS entrou em contato com o engenheiro responsável pela obra, Alan Custodio que em causa de uma determinação da empresa não pode dar entrevistas, mas fez uma caminhada pelos locais citados, como refeitório, cozinha, almoxarifado e banheiros com a equipe jornalística.
Segundo o responsável as reclamações não procedem, uma vez que a comida é fornecida por uma empresa conhecida na cidade e que tem anos de atuação na área. Quanto aos banheiros, Alan detalhou que os próprios trabalhadores jogam papel higiênico que entopem os vasos, mas como na obra há vários encanadores, a situação é resolvida rapidamente. Sobre as folgas a cada 100 dias, explicou que não há previsão legal, sendo esse um agrado da empresa e que os que estão com a viagem em atraso a farão agora em dezembro, em virtude das festas de final de ano, quando a obra será paralisada.
O responsável ressaltou que os empregados têm acomodações dignas e que tem os locais onde dormem, comem e trabalham dedetizados a cada 15 dias por uma empresa contratada no município.
O Engenheiro destacou também que os trabalhadores se comprometeram a não praticarem diversas ações que nem sempre são cumpridas, mas que mesmo assim, mantém o pactuado em contrato, como salário em dia.