Diário da Serra

TANGARÁ DA SERRA – Mulher se passava por advogada, retinha cartões de idosos e fazia retiradas ilícitas das contas

Rosi Oliveira / Redação DS 26/06/2024 Polícia

Às vítimas eram repassados de R$ 300 a R$ 400

Delegado Edmar Faria

Uma mulher, que se passava por advogada em Tangará da Serra, acabou sendo conduzida à Delegacia de Polícia Civil para explicações de estelionato aplicado em pessoas idosas. O fato aconteceu na tarde de segunda-feira, dia 24, quando a equipe tomou conhecimento através de um filho que veio de Rondônia visitar os pais e os encontrou em situação de penúria, buscando o Cisc, onde registrou Boletim de Ocorrência.

“Chegou para nós a notícia de que um casal de idosos estava passando fome mesmo. O filho encontrou o pai de 80 anos doente, com subnutrição e com febre e, inclusive, acionou o Serviço Móvel de Urgência (Samu) para prestar atendimentos”,

relata o delegado Edmar Faria, ao informar que em conversa com o casal a história veio à tona.

“Ao ser questionado sobre o meio de vida, porque estariam sem comida, ele explicou que uma pessoa que se dizia advogada estava com os documentos dele e com os cartões bancários e, estava realizando saques da conta deles, no entanto, não repassava os valores integrais”,

informa a autoridade policial, ao frisar que aos idosos eram repassados de R$ 300 a R$ 400.

Com os detalhes em mãos, os policiais iniciaram as diligências e logo conseguiram chegar a referida pessoa que não é advogada, tem apenas o 1º grau completo e trabalha fazendo intermédio, captação de clientes junto a alguns escritórios de advocacia.

“Essa é a informação que ele nos deu, mas não a que as vítimas nos relataram”,

pontua o delegado.

Junto as agências bancárias os policiais descobriram que a mulher realmente movimenta algumas contas de pessoa idosas na cidade.

“Essa pessoa se apresentava como advogada, levava pessoas aos bancos e fazia empréstimos no nome daquelas pessoas idosas”,

revela.

Como primeiros passos, as investigações foram abertas, a suspeita foi identificada e foi conduzida à delegacia para os esclarecimentos devidos.

“Ela não é advogada”,

afirma doutor Edmar.

“Inclusive foi comprovado que ela realmente estava em posse de alguns documentos de idosos que foram entregues por ela aos filhos das vítimas”.

Cabe destacar que a partir de agora a PJC trabalha para descobrir se a mulher agia sozinha. Ela poderá ser enquadrada nos crimes de falsidade ideológica, advocacia administrativa e estelionato.

Conforme Farias, há suspeitas de que mais pessoas tenham caído no golpe.

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