Diário da Serra

1º SEMESTRE – Tangará da Serra contabiliza 62 casos de queimadas em vegetação

Rosi Oliveira / Redação DS 03/07/2024 Polícia

Somente no mês de junho foram 49 casos

Dados são fontes dos bombeiros Militar

Se as queimadas se alastram pelo Pantanal, em Tangará da Serra os reflexos dos focos na região já são sentidos pela população que já presencia dias acinzentados pela fumaça que percorre vários quilômetros levada pelo ar que começa a ficar mais pesado e sentido na respiração dos tangaraenses.

“Eu tenho percebido um cheiro mais forte de fumaça, isso dificulta a respiração bastante”,

diz Mara Costa Souto, manicure, que percorre as ruas da cidade em atendimento em domicílio.

Mara diz ainda ter a impressão de que as queimadas iniciaram mais cedo esse ano.

“Não sei se por causa do mês de junho que associo ao frio, mas acho que essa onda de fumaça veio antes do tempo”.

Conforme dados repassados pela 3ª Companhia de Bombeiros Militar de Tangará da Serra, somente no mês de junho já foram evidenciados 49 incêndios em vegetação.

De acordo com a tabela de monitoramento de incêndios, em 2024, nesses seis primeiros meses, Tangará da Serra já contabiliza 62 ocorrências de queimada em vegetação sendo seis em janeiro, três em fevereiro, apenas uma em março, três em abril, 19 em maio e 30 apenas em junho. Já nos anos de 2022 e 2023 no mês de junho foram registrados 19 e 47 ocorrências, respectivamente.

Segundo o Comandante da VI Regional de Bombeiros Militar, Tenente-coronel BM Rafael Correia dos Reis, as queimadas estão acontecendo.

“Muitas vezes a população acaba se apercebendo que em um ano as queimadas começaram mais cedo, em outro mais tarde, mas temos que levar em consideração que o período de estiagem se antecipa ou se atrasa. E é justamente no período de estiagem, em virtude da própria característica da nossa vegetação, por ela estar mais seca, facilita para que os produtores rurais utilizem o fogo para fazer esse manejo”,

explica o Tenente-coronel, ao informar que essa prática (manejo do fogo) é permitida, mas dentro de alguns parâmetros que, muitas das vezes, não são levados em consideração e que sai fora do controle causando as queimadas.

Segundo o comandante, a população deve ficar alerta para o prazo proibitivo.

“Entre 1 de julho e 30 de novembro todos estamos proibidos de fazer uso do fogo, independente de qualquer situação”,

alerta, salientando que na zona urbana a proibição é durante todo o ano.

“Sabemos que o fogo causa muitos danos principalmente à saúde de crianças e idosos”,

salienta o comandante.

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