Mesmo no período de seca, agentes estão encontrando larvas do mosquito em diversos bairros
O Cenário Epidemiológico das Arboviroses Urbanas Dengue, Chikungunya e Zika no estado do Mato Grosso foi divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde, através da Superintendência de Vigilância em Saúde.
O Informe Epidemiológico n° 25, com dados atualizados de janeiro a 12 de setembro, apresenta um cenário de total alerta: são 68.945 casos notificados de Dengue, 1.835 de Zika e 21.745 de Chikungunya.
Foram confirmados 36 óbitos por Dengue e 11 em decorrência da Chikungunya em todo o Estado, nessas 36 semanas.
Assim como no Estado, em Tangará da Serra o cenário também é de total alerta. O município ultrapassa 10 mil notificações de Dengue e Chikungunya.
Em 2023, neste mesmo período, o setor contabilizou 841 notificações de Dengue e neste ano já são 4.177; de Zika foram seis notificações e agora 53. O maior crescimento foram nas notificações de Chikungunya: em 2023 apenas um caso foi notificado neste mesmo período e agora somam 5.920.
Em relação aos óbitos confirmados, somente em Tangará da Serra já são três óbitos de Dengue e sete de Chikungunya. Na região, Arenápolis e Nova Olímpia tem um óbito confirmado de Dengue, cada um.
Preocupados com esse elevado número e, especialmente, com a proliferação das larvas do mosquito Aedes aegypti, a Secretaria de Saúde de Tangará da Serra, através de seus agentes de endemias e de saúde, segue trabalhando no combate e eliminação dos focos do mosquito.
Nesta terça-feira, dia 17 de setembro, a equipe do Diário da Serra e da Serra FM acompanhou o trabalho de uma equipe da Vigilância Ambiental, que esteve no bairro Alto da Boa Vista recolhendo alguns materiais em terrenos baldios.
“Tudo isso é recipiente que pode acumular água e é um depósito, um criador do mosquito Aedes aegypti”,
demonstra o supervisor de campo, Elias Duarte.
Além desse bairro, os agentes estão passando por outras localidades e encontrando muito lixo jogado em ruas e terrenos vazios. Alguns desses bairros, inclusive, participaram dos mutirões de limpeza e estão novamente sujos.
“Esses bairros estão todos sujos, terrenos baldios sujos. As pessoas não podem ver um terreno vazio que já jogam lixo e isso que temos o serviço de coleta e ecopontos, mas, mesmo assim, a população continua jogando lixo em terreno baldio”,
lamenta.
“Sabemos que o Aedes é um mosquito caseiro. Ele vai se criar [nesse lixo] e depois vai para dentro da sua casa. Vai levar doença para dentro da sua casa. Então pedimos mais cuidado aos moradores: deposite seu lixo no local correto”,
orienta.
Além do grande volume de lixo e de possíveis criadouros do mosquito, o agente chama atenção para o número de larvas que estão sendo encontradas dentro de caixas d’água.
“O São Luiz é um bairro que encontramos muitas larvas. (…) Outro bairro preocupante é o Morada do Sol. Bairros que nos preocupam porque daqui uns dias começam a chuvas e os casos de Dengue e Chikungunya voltam. Então pedimos aos moradores um cuidado maior com suas casas”.
Finalizando, pede ainda que os moradores abram suas casas para a vistoria dos Agentes de Saúde.
“O agente de saúde está ali para te ajudar, te orientar se tiver algum problema, para você não criar o Aedes aegypti em sua casa. O trabalho de combate ao mosquito é de todos nós, cada um tem que fazer a sua parte”.