A vida importa, e sempre há alguém disposto a ouvir e ajudar
Chegamos ao final do Setembro Amarelo, um mês dedicado à conscientização e à prevenção do suicídio. Ao longo das últimas semanas, abordei diferentes aspectos desse tema: desde a maneira adequada de falar sobre suicídio, até o que fazer diante de uma crise e a importância dos fatores de risco e proteção. Agora, é fundamental concluir essa reflexão pensando no que podemos fazer para transformar essa conscientização em ações contínuas, não apenas em setembro, mas ao longo do ano todo.
O suicídio é uma questão complexa, envolvendo fatores físicos, emocionais, psicológicos e sociais, e todos nós podemos desempenhar um papel importante na prevenção. O Setembro Amarelo nos lembra que a conscientização precisa ser acompanhada de atitudes práticas, que transformem o conhecimento em suporte e cuidado.
Um dos principais pontos é estar atento às pessoas ao nosso redor, especialmente àquelas que demonstram sinais de sofrimento emocional. Mudanças no comportamento, padrões de fala ou atitudes podem ser indícios de que alguém precisa de ajuda. Nesses momentos, a escuta ativa, sem julgamento, é essencial. Muitas vezes, quem está em sofrimento não quer soluções imediatas, mas precisa de alguém que o ouça e o compreenda.
Outro aspecto fundamental é a importância da rede de apoio. Fortalecer laços familiares, criar ambientes acolhedores e promover o diálogo em diferentes espaços, como escolas e locais de trabalho, são medidas que podem salvar vidas. Entretanto, é importante reconhecer que nem sempre teremos todas as respostas, e saber a quem recorrer pode fazer toda a diferença. Profissionais de saúde mental e serviços especializados, ajudam.Embora o Setembro Amarelo esteja chegando ao fim, o compromisso com a prevenção ao suicídio deve continuar.
Assim, encerro esta série de artigos com um convite para que todos nós mantenhamos essa causa viva. Que possamos olhar com mais carinho e atenção para aqueles que estão ao nosso lado, lembrando que o cuidado com a saúde mental deve ser uma prioridade diária. Se você ou alguém que conhece está enfrentando um momento difícil, o CVV – Centro de Valorização da Vida – está disponível pelo número 188 ou pelo site www.cvv.org.br, 24 horas por dia. A vida importa, e sempre há alguém disposto a ouvir e ajudar.