No Brasil as mulheres representam 55% dos novos empreendedores
Em Tangará da Serra, a história de Maria Raimunda, de 44 anos, ilustra como o empreendedorismo feminino pode transformar vidas e superar barreiras. Nascida em Caarapó, Mato Grosso do Sul, Maria chegou a Tangará ainda bebê e desde jovem buscou alternativas para sustentar a família. Começou como babá e assistente de dentista e, em seguida, passou a vender cosméticos de porta em porta, pedalando pela cidade com seu filho ainda bebê.
Mais tarde trabalhou como vendedora e depois como secretária na Apae, onde, apesar do emprego fixo, continuava vendendo produtos para complementar a renda. Determinada a crescer profissionalmente, formou-se em Pedagogia e fez pós-graduação em Psicopedagogia. No entanto, o desejo de ter o próprio negócio sempre falou mais alto, e, há dois anos e meio concretizou seu sonho ao abrir a Mari Modas, loja de roupas no centro da cidade.
“Eu sempre tive vontade de empreender, sempre gostei muito de vendas”.
Maria conta que ajudar outras pessoas a se sentir bem com as roupas da sua loja também é gratificante.
“Nós, enquanto vendedoras, empreendedoras com lojas, mexemos muito com a autoestima das pessoas, e isso é muito gratificante para mim, ver alguém saindo daqui realizada e feliz”,
afirma, ao complementar, contudo, que ser empreendedora não é fácil.
“Ser empreendedora hoje em dia não é fácil, as pessoas pensam: fulano está com a loja e está ganhando muito, mas não é assim que funciona. Para você empreender, você tem que entender que primeiro você vai adquirir e depois de alguns anos você vai conseguir ter aquele retorno”.
Maria Raimunda também exemplifica a importância do apoio e da capacitação para o sucesso.
“Tive muito apoio do meu marido nessa nova empreitada da minha vida”.
Durante sua jornada, ela aproveitou oportunidades oferecidas por entidades e pelo Sebrae, participando de cursos e palestras voltados a mulheres empreendedoras.
“O Sebrae é de fundamental importância pois nos auxilia muito com questões de saber empreender e saber o que você pode fazer para melhorar”.
Além de adquirir conhecimentos práticos de gestão, esses encontros ajudaram Maria a se conectar com outras mulheres com histórias e desafios semelhantes, fortalecendo a rede de apoio local.
“Se você quer empreender, basta começar. Veja o que você sabe fazer – doces, roupas, catálogos, o importante é dar o primeiro passo”.