Com a volta das chuvas, porém, a possibilidade de um novo boom de arboviroses não pode ser desconsiderada
A epidemia de arboviroses estagnou em Mato Grosso desde o início de junho em razão da estiagem. Em Tangará da Serra, os números da dengue, zika e chikungunya tiveram seus avanços reduzidos a partir daquele mês, mas somam nada menos que 10.153 casos em 2024, de acordo com o último boletim epidemiológico (nº 32) da Secretaria de Estado de Saúde.
Com a volta das chuvas, porém, a possibilidade de um novo boom de arboviroses não pode ser desconsiderada. Afinal, as chuvas propiciam a proliferação de insetos como o aedes aegypti, o vetor destas doenças.
Assim, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) orienta à população sobre a necessidade de redobrar os cuidados e reforçar o combate ao mosquito em virtude do período chuvoso, que deve seguir até o mês de maio, em Mato Grosso.
Segundo dados do Informe Epidemiológico da SES, foram registrados em Mato Grosso 36 óbitos por dengue e 11 por chikungunya somente de janeiro a 8 de novembro deste ano. No total, foram registrados 41.738 prováveis casos de dengue, 391 de zika e 20.716 casos de chikungunya.
A superintendente de Vigilância em Saúde da SES, Alessandra Moraes, reforça sobre a necessidade de se combater os focos do mosquito e também sobre a importância da vacinação.
“O primeiro e mais importante passo para prevenir essas doenças é dar fim aos locais que favorecem a proliferação do mosquito, pois 80% dos criadouros estão em ambientes residenciais”,
pontuou a secretária.
Em Mato Grosso, desde o mês de abril de 2024, a vacinação contra a dengue está disponível em 35 municípios selecionados pelo Ministério da Saúde. Contudo, ela é disponibilizada exclusivamente para crianças na faixa etária de 10 a 14 anos.