Diário da Serra

RETROSPECTIVA – Delegacia Especializada de Defesa da Mulher de Tangará da Serra faz balanço das ações realizadas

Redação DS 06/01/2025 Polícia

Muitas ocorrências registradas estão relacionadas a violência doméstica

Delegado Edmar Faria Filho

O número de mulheres que sofreu algum tipo de violência doméstica foi de 258.941 em 2023, o que representa um aumento de 9,8% em comparação com 2022, segundo dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública divulgados em meados do ano passado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Os dados nacionais de 2024 ainda não foram fechados, mas caminham para o mesmo patamar.

Em Tangará da Serra, de acordo com o delegado Edmar Faria Filho, da Delegacia Especializada de Defesa da Mulher, foram muitas as ocorrências registradas relacionadas a violência, mas,

“estatisticamente falando, em números percentuais, é de agressão, é a lesão corporal doméstica contra a mulher”,

relata, ao afirmar que para mudar esse cenário e especialmente dar a resposta à vítima, a Delegacia da Mulher e demais órgãos de segurança trabalharam incansavelmente durante todo o ano passado.

“Tivemos muitas ocorrências de relevância aqui em Tangará da Serra no âmbito da Lei Maria da Penha e a Delegacia Especializada de Defesa da Mulher procurou dar a resposta à altura, a todas as demandas, a todas as vítimas, as pessoas que vieram nos procurar. Muitos dos casos nós não éramos competentes, procuramos encaminhar, fazer os encaminhamentos. Tivemos alguns casos que eram de competência de outras cidades, mas as pessoas vinham aqui para registrar e tomar as providências iniciais”,

conta,  ao fazer um balanço dos trabalhos em 2024.

“Foi um ano bem atípico, com um número realmente elevado de ocorrências de violência doméstica. Mas, mesmo assim, a Polícia Militar junto com a Polícia Civil, Ministério Público, Poder Judiciário, todos estavam juntos para dar a resposta necessária”.

Já em relação ao crime de estupro praticado contra crianças, o delegado informou que muitas prisões foram realizadas ao longo de todo o ano.

“(…) Procuramos dar ênfase, dar importância a todos os registros que foram feitos. Foi feito um mutirão, um verdadeiro mutirão com o Poder Judiciário, com o Ministério Público para fazer os depoimentos especiais dessas vítimas, que não pode ser feito de qualquer forma”,

relembra, ao destacar ainda que muitos inquéritos, inclusive antigos, foram finalizados em 2024.

“Nós tivemos mais desenlaços de ocorrências, porque nós implementamos um novo sistema de trabalho aqui na Delegacia Especializada de Defesa da Mulher, e esse novo sistema possibilitou um incremento, na verdade, das conclusões dos inquéritos. Então, nós tivemos muito mais conclusões de inquéritos, gerando muito mais prisões no ano de 2024 em relação a 2023”.

Finalizando, garante que o trabalho seguirá neste ano.

“Vamos implementar novas diretrizes e novos objetivos serão alcançados”.

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