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JANEIRO ROXO – Casos de hanseníase em Tangará tiveram aumento de 150%

Rosi Oliveira / Redação DS 23/01/2025 Saúde

Em Tangará da Serra são 200 pacientes em tratamento

Mês de Conscientização e Combate à Hanseníase

Mato Grosso é classificado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), como o Estado com maior índice da hanseníase no Centro-Oeste. O balanço realizado pela organização aponta que em 10 anos (1999-2018), o Estado registrou 63.779 ocorrências da doença. O alto índice já vem sendo apontado pelo Ministério da Saúde desde 2014.

Conforme a Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso (SES-MT), atualmente há 5.336 pessoas em tratamento contra a hanseníase no estado e, em 2024, foram registrados cinco óbitos.

Já em Tangará da Serra são 200 os pacientes em tratamento e cinco desses casos foram identificados nos primeiros dias do ano de 2025. O balanço realizado pelo setor da Saúde Municipal aponta aumento de 150% nos diagnósticos de 2023 para 2024.

Como forma de lembrar, diagnosticar e prevenir a doença, o primeiro mês do ano foi instituído como ‘Janeiro Roxo’, quando as ações se intensificam ainda mais. Em Tangará da Serra a equipe que atende no Ambulatório Municipal de Atenção Especializada e Regionalizada em Hanseníase, no Posto Central, próximo ao Shopping Popular, está preparada para atender a população.

“Uma doença milenar que devido ao seu contexto histórico de isolamento compulsório e o alto poder incapacitante, assola com grande estigma e preconceito”,

pontua a enfermeira responsável pelo setor, Edna Maria Alves Batista, ao lembrar que a medicação tem efeito rápido assim que realizada.

“A doença tem cura e a partir da primeira tomada de medicação a transmissão é cessada”,

salienta, informando que a pessoa acometida pela hanseníase pode e deve manter o convívio com familiares.

“A atenção deve ser redobrada caso sinta agulhadas, formigamentos, câimbras, perda de força e sensibilidade em algumas partes do corpo e histórico familiar. Procure a Unidade de Saúde mais próxima, pois a prevenção inicia pela informação e o diagnóstico precoce evita sequelas permanentes”,

ressalta.

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