Empresa notificou o Município, informando da possibilidade de suspender o trabalho
A Prefeitura de Tangará da Serra foi notificada pela empresa Organização Goiana de Terapia Intensiva Ltda, prestadora de serviços de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no Hospital Municipal Arlete Dayse Cichetti de Brito, de que poderá suspender o trabalho.
A empresa, contratada para prestação de serviços de gerenciamento técnico, administrativo, fornecimento de recursos humanos, recursos materiais, medicamentos e insumos farmacêuticos para o funcionamento de 10 leitos de UTI adulto tipo II, alega que o Município está devendo cerca de R$ 3 milhões, valores referentes aos últimos cinco meses de prestação de serviço, e que irá aguardar a regularização dos pagamentos até sexta-feira, dia 7 de fevereiro, sob pena de suspensão dos mesmos.
Sobre a notificação e a possível suspensão dos serviços, o secretário Municipal de Saúde Wellington Bezerra garantiu que o atendimento nas UTIs não será suspenso.
“Nós recebemos uma notificação da empresa e não sei o porquê dela enviar também à imprensa e criar manchetes sensacionalistas como se o município não pagasse os seus fornecedores. O que na verdade acontece é que nós temos os nossos contratos, por parte da Secretaria Municipal de Saúde, com critérios bastante incisivos de fiscalização e, portanto, as empresas que prestam serviço para o Município têm que se adequar as necessidades de fiscalização do Município e não o Município à vontade delas. E é isso que aconteceu”,
informa o secretário, em participação no Programa Primeira Hora da Rádio Serra FM na manhã desta quinta-feira, 6.
“Nós, a Secretaria Municipal de Saúde, quando do encerramento do mês de trabalho, buscamos cobrar as documentações necessárias para que um processo de pagamento seja devidamente efetivado, o que nós fizemos e temos como provar”,
completa, ao explicar que a empresa apresentou essa documentação somente na quinta-feira passada, dia 30 de janeiro.
“Reiteradamente nós fizemos várias notificações da necessidade do aporte dos documentos, o que a empresa mandava em partes, até que na última quinta-feira finalizou todo o processo, que nós enviamos para a contabilidade, que também vai analisar, e estando tudo dentro da normalidade, o pagamento será feito”.
Ainda, o gestor reforça que nenhum serviço será paralisado.
“Não se rompe um contrato da noite para o dia, não é assim. ‘Vou deixar de fazer o serviço’. Não vai porque existem as implicações jurídicas, inclusive, se a empresa deixar de prestar aquilo que está em contrato. Não é tão simples eu pegar e abandonar o barco dessa maneira. Então, nós estamos muito tranquilos de que o serviço vai ter continuidade”.
Finaliza, esclarecendo que o processo é o mesmo para todos os prestadores de serviço, sem exceção.
“Nós temos quatro empresas trabalhando ali dentro do hospital municipal, no serviço de imagens, no centro cirúrgico, na pediatria e na gestão das UTIs e a única que tem dado problema em relação à documentação é a empresa que faz a gestão dos leitos de UTI e nós vamos continuar com o mesmo processo. O que é feito para as quatro empresas é igual para todas e apenas uma tem dado essas complicações de entrega dos documentos, mas que agora na última quinta-feira fez as entregas totais e a contabilidade já está fazendo as análises para, se tudo certo, liquidar e pagar aquilo que é devido à empresa. Mas que, volto a frisar, que é devido à empresa, mas que existem critérios para que se faça isso e nós vamos manter esses critérios, doa a quem doer”, finaliza.