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PANTANAL – Incêndios disparam e bacia do rio Paraguai tem seca recorde

José Câmara / G1 MS 11/06/2024 Geral

Pantanal já tem o segundo maior índice de incêndios desde 2010

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No decorrer do ano, o Pantanal atravessa dois períodos: o do fogo e o da água. Neste ano, a temporada das chamas, que começaria em julho, chegou mais cedo e com força: em Mato Grosso do Sul e no Mato Grosso, os focos de incêndio nos seis primeiros meses de 2024 aumentaram 1025% se comparados ao mesmo período de 2023. Enquanto isso, o rio Paraguai, que é principal bacia do bioma, já registra seca recorde: está mais de 2 metros abaixo da média.

Em Mato Grosso do Sul (onde está 60% do Pantanal no Brasil) foram registrados 698 focos, entre janeiro e junho de 2024. No ano passado, foram 62 no mesmo período. Em Mato Grosso foram 495 focos de incêndio em 2024, contra 44 em 2023. Os dados são do Programa de BDQueimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), e também revelam que, em 2024, o Pantanal já tem o segundo maior índice de incêndios desde 2010, atrás apenas de 2020, quando o fogo consumiu cerca de 4 milhões de hectares - o equivalente a cerca de 26% do bioma.

Especialistas explicam que o período das chamas no Pantanal, que seria entre os meses de julho e agosto, pode durar até seis meses. Porém, neste ano, o fogo chegou mais cedo, e a seca também.

A falta de chuva tem afetado a principal bacia do bioma, o Rio Paraguai, que abrange 48% do estado do Mato Grosso e 52% do Mato Grosso do Sul.

O pesquisador em Geociências da SGB Marcus Suassuna explica que o nível baixo do rio se dá pelo prolongamento do período seco de 2023 e também pelas poucas chuvas em 2024.

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