Grupo seguiu trajeto do principal rio que forma o Pantanal mato-grossense
Em uma caravana com cerca de 100 pessoas, ambientalistas, representantes de entidades, comitês populares e o deputado estadual Lúdio Cabral passaram na semana passada pelos municípios banhados pelo rio Paraguai, em Mato Grosso.
O grupo iniciou a rota por Cáceres. Na Praia do Daveron, realizou um ato denominado “Água é vida”, com discursos, música e orações sobre o meio ambiente e o rio Paraguai.
“A natureza não tem voz, não faz lobby, ela grita com as mensagens que ela tem passado para o planeta nos últimos anos, que são as mensagens da crise climática. A perspectiva dos direitos da natureza precisa ser incorporada à legislação e às políticas públicas. Defender os direitos da natureza significa a possibilidade de a gente continuar existindo, produzindo, se alimentando, gerando e distribuindo riqueza na nossa sociedade”,
apontou o deputado.
Os atos à beira do rio Paraguai também foram realizados em Porto Estrela, Barra do Bugres, Arenápolis e Nortelândia, além das nascentes em Alto Paraguai. Os comitês populares de defesa do rio Santana, do rio Flechas e do rio Jauquara integraram a comitiva mobilizada pelo parlamentar. Esses rios são afluentes do Paraguai.
Membro do Instituto Gaia, o geógrafo Clovis Vailant destacou a importância do rio Paraguai e do Pantanal para a formação de água doce não só no Brasil, mas também outros países da América do Sul. O rio percorre mais de 4 mil km, saindo de Alto Paraguai e Diamantino, e passa por Mato Grosso do Sul, também pela Bolívia, pelo Paraguai e pela Argentina, onde deságua no rio Paraná, depois recebe o Rio Uruguai e se torna o Rio da Prata, antes de chegar ao Oceano Atlântico.
“(...) Um rio que atende mais de 15 milhões de pessoas nesse percurso com água doce, biodiversidade muito rica, de ictiofauna com os peixes, e também faz parte da cultura. Então, tem importância como fonte de vida, da cultura desse povo e da construção histórica de corredores bioculturais”.